Os alimentos são importantes para fornecer energia, manter as funções fisiológicas e biológicas funcionando perfeitamente.
Segundo a ANVISA, a definição de aditivos alimentares é: “Todo e qualquer “ingrediente” adicionado intencionalmente aos alimentos sem o propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento”.
“Ingredientes” são os componentes essenciais de um determinado produto. Por exemplo, os ingredientes de um bolo: água, farinha, açúcar, manteiga.
“Aditivos” são adicionados aos alimentos com a finalidade de melhorá-los, ou seja, possuem uma função complementar – não alimentar, e podem ser retirados da receita. Mas nem por isso são menos importantes. Os aditivos atendem às necessidades específicas fundamentais para manter os alimentos saudáveis, agradáveis ao olhar e ao paladar. Abaixo descrevemos alguns dos principais aditivos presentes em diversos alimentos industrializados e suas funções.
Acidulantes
Aumentam a acidez de um alimento ou conferem a ele sabor ácido, auxiliando na estabilidade de pH e na preservação, diminuindo o ritmo de crescimento de bactérias. Exemplos: ácido acético, ácido cítrico, ácido tartárico e ácido lático.
Antioxidantes
Preservam os alimentos, retardando a oxidação/rancificação/cor. Podem ser sintéticos e até mesmo naturais. Um exemplo de antioxidante natural é o extrato de alecrim. Entre os sintéticos, podemos citar o ácido ascórbico e o ácido eritórbico (Vitamina C).
Antiumectantes
Ou anti-aglomerantes. Evitam que os alimentos se fundam num tipo de “pasta”.
Dentre os exemplos de antiumectantes estão o dióxido de silício, carbonato de cálcio e o alumínio silicato de sódio.
Conservantes
Têm o propósito de aumentar o tempo de vida útil, protegendo o alimento de bactérias, fungos, leveduras e quaisquer outros tipos de micro-organismos, ou ainda de reações químicas, que possam deixar o produto impróprio para o consumo. Entre os naturais, citamos o cravo da Índia e a canela. Dentre os sintéticos, existem os benzoatos e sorbatos.
Corantes
Entre os naturais, a pigmentação é possível através de folhas (clorofila cúprica), raízes (beterraba) ou mesmo ingredientes de origem animal (insetos). Já os sintéticos são os artificiais.
Edulcorantes
Conferem sabor mais adocicado e agradável, quando necessário. Tipos de adoçantes: aspartame, sacarina, ciclamato, sucralose e stevia.
Espessantes
Utilizados para conferir a textura ideal. A maioria dos espessantes são carboidratos ou proteínas naturais, como a goma xantana, provinda de bactérias, a gelatina à base de colágeno, de origem animal, e o ágar-ágar, extraído de algas.
Espumíferos e Anti-espumíferos
Modificam a tensão superficial dos líquidos para gerar espuma estável ou evitá-la.
Estabilizantes
Mantém a homogeneidade dos produtos, impedindo a separação. Frequentemente são mono e di-glicerídeos, produzidos a partir de óleos vegetais, como a lecitina de soja. Os estabilizantes mais utilizados são os alginatos, a caseína, a goma guar e a goma xantana.
Flavorizantes
São substâncias ou misturas de substâncias com propriedades odoríferas e ou sápidas, capazes de conferir ou intensificar o aroma e/ou sabor dos alimentos, exceto conferir sabor doce, salgado ou ácido.
Umectantes
Substâncias que evitam que o alimento perca umidade. Alguns exemplos de umectantes são os polióis propileno glicol, glicerol e sorbitol, além de lactato de sódio.
Mas é importante ressaltar que para a utilização de qualquer tipo de aditivo, de qualquer categoria, é indispensável uma pesquisa sobre a quantidade máxima permitida pela ANVISA.